Reprodução/Warner Bros.
Se tem uma coisa para a qual James Gunn nasceu, é fazer filmes de herói. Ele transforma quadrinhos em vida como ninguém. Com mais um grande acerto após Guardiões da Galáxia, Gunn inaugura o novo Universo DC com o pé na porta: nada de introduções arrastadas ou ritmo lento. O novo Superman já chega com tudo, apresentando um herói consolidado e um universo de quadrinhos muito bem construído.
Os primeiros cinco minutos já mostram ao que vieram: tensão, ação e emoção na medida certa. As atuações são espetaculares. David Corenswet honra o legado de Christopher Reeve, mas também imprime sua identidade, mostrando que pode carregar o manto com dignidade. O Clarim Diário finalmente ganha vida de forma divertida e fiel, com personagens que beiram o caricato, no bom sentido, abraçando totalmente a essência colorida e fantástica desse universo. Afinal, estamos falando de um herói que usa cueca por cima da calça; quem espera realismo absoluto?
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Mesmo com esse tom leve, o filme não foge de temas pesados: confrontos políticos, morte, aceitação, identidade e humanidade são abordados com coragem. A mensagem principal é clara: Superman é sobre esperança. Esperança de que dias melhores virão, para a DC, para os filmes de herói já tão saturados e, acima de tudo, para o público.
Nicholas Hoult entrega uma performance espetacular como Lex Luthor, possivelmente a melhor versão do personagem já vista no cinema. A química entre Superman e Lois funciona muito bem. A escolha de apresentá-los já juntos economiza tempo de tela e torna o relacionamento mais dinâmico e maduro. A adição da Gangue da Justiça (Justice Gang) foi um grande acerto, e James Gunn, conhecido por trabalhar bem com equipes, mais uma vez mostra sua habilidade. Todos muito bem feitos e com presença, aparecendo quando é necessário e sem tirar o protagonismo de Kal-el. A presença de Krypto é outro destaque: divertido, poderoso e fiel, como nos quadrinhos, ainda que chato algumas vezes, essa parte me incomoda levemente.
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Claro, nem tudo são flores. Gunn toma decisões ousadas ao atualizar certas partes da história do Superman, o que pode gerar polêmicas no futuro do DCU, mesmo sem prejudicar este primeiro filme.
A trilha sonora também merece destaque: sensacional, honrando o legado do Superman e potencializando a emoção em cada cena. Assim como a fotografia, tem cenas que são verdadeiros quadros.
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